O que os dias sem inspiração me ensinaram sobre criatividade
quando a ideia não vem, o que fazer?
31 de outubro, 12:36pm. Sentado em frente à tela em branco do Substack, pensando no que poderia escrever hoje e que fizesse sentido para o momento em que estou exatamente agora. Sem ideias.
O que aprendi sobre criar conteúdo em dias de bloqueio criativo
Sabe aqueles dias em que parece que o cérebro se recusa a colaborar? Você tenta, força um pouco, mas nada flui. E é justamente nesses momentos – quando mais preciso da criatividade – que ter um processo criativo definido se torna uma espécie de bússola para o caos.
É como se eu tivesse desenhado um roteiro, um passo a passo que me orienta a seguir, mesmo quando as ideias parecem estar escondidas em alguma gaveta trancada da mente.
Abordei nessa newsletter, sobre a forma em que utilizo do processo de estudos, e de como ele me auxilia em momentos de falta de criatividade, lembrando que não é de minha autoria, mas é a forma em que achei mais adequada ao meu estilo.
O engraçado é que, ao assumir esse processo, não imaginei que ele fosse ser tão essencial nos dias de bloqueio.
Na época, era apenas uma rotina que eu utilizei para estruturar minha produção, mas hoje vejo que ele é a base que sustenta tudo quando nada parece fazer sentido.
Nos dias em que a inspiração simplesmente não aparece, sigo essa rotina mesmo sem sentir que vai dar certo – como um salto no escuro, confiando que, lá em algum ponto do caminho, vou encontrar uma brecha. E, curiosamente, quase sempre encontro.
Ter um processo definido me ajuda a passar pelo bloqueio com calma e a lembrar que a criatividade não é algo que se conjura num passe de mágica, mas que se cultiva com esforço e paciência, que é desenvolvida com a prática incessante da leitura e estudo diários.
No começo, me frustrei várias vezes, achando que esse método não era para mim, que me deixava "preso", que era uma perda de tempo. A ironia é que, no fim, foi esse mesmo processo que trouxe liberdade.
É o que me faz ir além de apenas esperar a inspiração chegar. Agora, ao invés de ver o bloqueio como uma muralha, vejo-o mais como um terreno desconhecido – e o meu processo como o mapa para atravessá-lo.
Além disso, ter uma rotina estruturada ajuda a desmistificar aquela ideia de que o bloqueio é algo intransponível. Com o tempo, percebi que o bloqueio criativo é menos uma barreira e mais uma pausa, um espaço em que podemos explorar o que realmente queremos dizer, sem a pressão de que tudo precisa ser incrível logo de cara.
Um processo criativo me ensinou que é possível abraçar o ritmo lento dos dias difíceis, porque eles também têm algo a ensinar. Ao me permitir seguir esse fluxo, mesmo que sem pressa, acabo encontrando insights que eu nunca veria em um momento de produtividade intensa.
E talvez esse seja o maior segredo que aprendi: um processo criativo é uma ferramenta para nos ajudar a confiar em nós mesmos, mesmo quando a inspiração não está presente. No fim, é ele que me relembra que a criatividade é uma prática – e que, com ou sem bloqueio, sempre vale a pena continuar tentando.
E é assim que, mesmo nos dias em que minha mente não parece colaborar, sigo lembrando que a criatividade é uma jornada, não um destino. Haverão dias em que serão de eterna luz, como também os dias de trevas, mas são os passos consistentes nos estudos que realmente fazer a diferença.
Então, não fique sempre a espera de uma inspiração perfeita para criar algo. Em vez disso, construa um caminho, uma ponta para ela, mesmo quando parecer que nada flui da maneira em que se espera.
Criatividade é persistência e paciência, e, mais do que tudo, prática. Se o bloqueio criativo resolver te fazer uma visita, receba-o com bolos e um café para acompanhar. Afinal, até os dias mais difíceis podem trazer boas histórias para contar, e ajudar outros a superarem também os seus desafios.
Até a próxima Nota de Winterfell.
01:14pm
Ad Infinitum,
Matheus.