Minha vontade de escrever e dissertar sobre conhecimento falou mais alto.
Nunca gostei de redes sociais, sempre as vi como uma fonte de perda de tempo.
Desde a existência das primeiras versões de redes sociais, eu nunca me simpatizei com elas. Era um martírio para mim perder horas a fio vendo fotos e comentários de conhecidos e amigos, mas como um bom jovem, e para me enquadrar e não ser excluído dos grupos, acabava entrando vez ou outra para fazer a média social.
Mas se tinha algo que eu gostava, era jogar videogame (aqui eu perdi bons minutos, horas, dias, meses, anos). Se deixasse, eu ficava direto maratonando os jogos, buscando finalizá-los ou até mesmo explorar cada canto e completar qualquer desafio imposto pelos desenvolvedores.
Foram tantos que joguei, desde os jogos de Atari até os atuais de Xbox Series e PS5. Mas, se dois marcaram minha forma de enxergar como uma boa história é contada, foram eles: Assassin’s Creed e The Witcher. A imersão no mundo da fantasia me prendia de uma forma única, como se eu realmente fizesse parte das histórias.
Em paralelo a esse hobby, eu buscava ler alguns livros. Na minha adolescência, li alguns títulos como O Hobbit, Harry Potter (somente o primeiro), Crônicas de Nárnia (a crônica de O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa). Mas as escolas insistiam em nos fazer ler Dom Casmurro, O Cortiço, Memórias Póstumas de Brás Cubas, e eu acabei pegando certo rancor da leitura, até porque eram textos difíceis e cansativos para um jovem.
Talvez, se as escolas solicitassem livros mais graciosos, o nível de leitores no nosso país, com toda certeza, aumentaria. Com isso, a população brasileira se beneficiaria muito.
Como eu estava dizendo, ler essas histórias de fantasia me fazia participar delas, me sentir parte daquele mundo. E como foi boa a sensação ao ler o diálogo entre Bilbo Bolseiro e Gollum, na caverna das Montanhas Enevoadas, em uma batalha de charadas. Isso foi incrível para mim na época, tanto que essa memória ficou marcada até hoje. (Deu até vontade de reler essa parte, quem sabe eu o faça logo logo.)
Hoje, escolhi trocar o hobby de consumir jogos eletrônicos por livros, e isso me fez desenvolver uma paixão maior pela leitura e, consequentemente, pela escrita — algo que jamais imaginei gostar, afinal, sempre fui uma pessoa mais ligada às exatas, racional.
Entretanto, cá estou eu escrevendo este texto que dará início a tantos outros.
E da mesma forma que a leitura mudou a minha forma de pensar e consumir conteúdo, espero que você também possa ver o quão benéfico será introduzir essa prática na sua vida.
Talvez você também tenha um hobby ou hábito que, de tanto tempo investido, acabou não trazendo tanto valor. Já pensou o que seria possível mudar em sua vida se canalizasse essa energia em algo como a leitura?
Não sei como irá suceder tudo isso, mas estou disposto a descobrir. Uma coisa que percebi é que existem pessoas que amam a leitura, assim como eu, e que estão dispostas a ler textos densos.
O principal fator, e o que eu espero, é claro, é que vocês tenham paciência comigo, pois estou começando agora a criar esses textos longos. Obviamente, os primeiros serão aquém do que estão acostumados, mas estarei cada vez mais estudando para deixá-los melhores.
Meu propósito aqui nestas notas é te ajudar. Esse é o meu maior objetivo aqui.
Assim como essas histórias mudaram minha perspectiva, eu me pergunto: o que a leitura poderia transformar em você? O que você gostaria de ver sob uma nova lente, se desse uma chance a um bom livro?
Vou fazer o possível para ensinar tudo o que aprendi em todos esses anos de cursos, conteúdos e experiências que a vida proporcionou. Se conseguirei me tornar um escritor, não sei. Mas sei que poderia ajudar muitos de vocês compartilhando minha jornada enquanto tento escrever cada vez melhor.
Se você leu até aqui, obrigado pela oportunidade e, claro, pela paciência. Te vejo na próxima Nota de Winterfell.
Ad Infinitum,
Matheus
Extra para reflexão: Se a leitura pode abrir portas para novos mundos e mudar perspectivas, o que você acha que o próximo livro que você escolher vai transformar em você?